sábado, 5 de novembro de 2011

IMIGRAÇÃO E EMBRANQUECIMENTO RACIAL EM DETRIMENTO DOS DIREITOS DOS NEGROS

Com o fim da escravidão e início da república em 1989, o governo brasileiro incentivou a imigração européia com o objetivo de purificar o povo brasileiro, pois os negros e mestiços eram considerados degenerados moralmente e incapazes, seres inferiores. Portanto, baseado nas teorias do racialismo, fortemente presente até os anos 30, o Brasil deveria se tornar um País sem negros no máximo em 70 anos, segundo alguns autores.
Assim, percebemos que o objetivo não era restaurar a dignidade dos negros garantindo o acesso aos direitos sociais, civis e políticos. A intenção era a de purificar e extirpá-los do país, embasados, dentre outras teorias, pelas de Gobineau (1853) em sua obra intitulada "Essai sur l'inégalité des races humaines" (Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas) e pela ideologia nazista da raça ariana com a purificação das raças, embasada pelo evolucionismo de Charles Darwin. No entanto, não lograram êxito em findar com os afro-brasileiros. Podemos observar a discriminação quanto à imigração com um decreto do presidente Getúlio Vargas, de 18 de setembro de 1943, que afirma: "Atender-se-á na admissão dos imigrantes a necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as características mais convenientes de sua ascendência européia."

Então, a classe dominante após seqüestrar, torturar, escravizar massacrar, alienar os afro-descendentes, após a ilusória proclamação da liberdade, havia chegado a hora de fazê-los desaparecer dos traços nas faces dos brasileiros. Senão fosse a aguerrida luta do movimento dos negros no Brasil, nada haveriam de alcançar em benefícios e direitos.

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