segunda-feira, 26 de março de 2012

PARTICIPAÇÃO SOCIAL = CONQUISTAS

O cidadão brasileiro está inserido diretamente na tomada de decisões, pois ele é participante ativo na consolidação de política pública, ou seja, o cidadão tem voz na efetivação da mesma, e também na melhoria das políticas já existentes, na medida em que somos cidadãos de direitos plenos e igualitários garantidos por lei e conquistados arduamente durante toda a história política do país. Mas infelizmente nos deparamos com situações de desrespeito aos nossos direitos, cabe a nós neste momento, através da democracia, ou seja, através de nossa participação nas tomadas de decisão, lutar por nossos direitos, seja através de movimentos sociais, conselhos, voto, etc., o objetivo é lutar pela garantia de nossos direitos para não sermos vítimas de qualquer forma de discriminação e/ou preconceito, seja ele de raça, gênero ou etnia.

Nação Industrial



 Constituição 




 Voto secreto e direitos políticos para as mulheres




Jornada de trabalho de 8 horas
Direito a férias
Criação do salário mínimo
Consolidação das Leis do Trabalho CLT









SUS
Estatuto do Idoso, etc

domingo, 25 de março de 2012

Contraponto entre as Políticas de Ações Afirmativas e as Políticas Universalistas

Grupos de tendência marxista acreditam que as políticas de ações afirmativas possuem seu valor dentro de um limitado campo de superação da desigualdade ao afirmar que houve no decorrer do processo histórico uma disparidade de oportunidades entre as raças/ etnias e gênero. Vale salientar que estas políticas focalistas se desenvolveram amplamente no âmbito da realidade neoliberal, no qual o Estado ao privatizar os setores sociais, beneficia uma parcela que não teria poder de consumo, alienando e confundindo os indivíduos. Elitizar de forma equilibrada os aspectos de raça/ etnia e gênero não é a solução, pois continuariam existindo indivíduos nas demais classes sem condição de galgar a ascensão social. As políticas universalistas surgiram para incluir o cidadão, sem distinção, à saúde, educação e outros serviços públicos de qualidade. As políticas de cotas estão em prática faz algum tempo, mas observa-se que a diferença de inserção entre os negros/ pardos e brancos cresceu no tocante do nível superior.
Acesse esse site e aprofunde este questionamento:



No entanto, grupos de direita explanam que as ações afirmativas trazem um percentual muito positivo no trato da redução da desigualdade de raça/ etnia e gênero. Avaliam que em algum momento as políticas universais são mais vantajosas, mas que de modo geral as políticas afirmativas, efetivamente, conseguem proporcionar a promoção da igualdade.
Acesse este site para aprofundar-se no assunto:

Conclui-se que após analisar estas duas tendências, seria interessante que se desenvolvessem paralelamente, pois se completam. As políticas universais visam à igualdade de classe, não deixando de beneficiar todos os negros e mulheres vulnerabilizados. No entanto, seu processo de construção torna-se demorado, principalmente em um sistema capitalista neoliberal que prega o atrofiamento do Estado. As ações afirmativas no atual contexto acabam por beneficiar os negros nas políticas de cotas, esquecendo-se dos brancos em situação de pobreza. A questão racial e de gênero passa pela questão econômica e vice-versa. Portanto, deveriam caminhar em harmonia, atendendo as desigualdades acumuladas historicamente de forma emergencial e uma construção econômica, política e social totalmente igualitária, envolvendo todos os segmentos à longo prazo. Devemos tratar os desiguais de forma desigual visando a igualdade em todos os setores e aspectos da vida.

sábado, 24 de março de 2012

AÇÕES AFIRMATIVAS


Dados sobre discriminação e desigualdades nas mais diversas vem sendo divulgadas nos últimos tempos no Brasil e em todo planeta, sendo o assunto não mais novo. Mas, vemos que na prática existe várias opiniões contrarias, discussões, debates buscando a solução adequada, já que não se consegue alterar esta situação, que permeia por muito tempo a sociedade.
                Surge então, uma luz no fim do túnel, uma promessa que chega para tentar – pelo menos – minimizar as desigualdades existentes, uma novidade intitulada política de ação afirmativa, mas denominada também de “políticas de cotas”, “reserva de vagas”, “ação compensatória”, que chegaram provocando grande debate e revolucionando a “agenda pública brasileira”.
Mas então o que seria este termo que soa tão novo em nosso ouvidos?
O que seria as ações afirmativas?
            O termo ação afirmativa chega ao Brasil carregado de uma diversidade de
sentidos. Tendo origem nos Estados Unidos, local que ainda hoje se constitui
como importante referência no assunto, essas ações nascem como respostas as reivindicações democráticas de movimentos, que lutavam pelos direitos civis, isto é, igualdade de oportunidade para todos, exigindo que o Estado assuma um papel ativo principalmente em relação a melhoria das condições da população negra, tão massacrada pelas desigualdades.

As ações afirmativas ocorreram em vários países, sendo que as principais áreas contempladas são o mercado de trabalho, com a contratação, qualificação e promoção de
funcionários; o sistema educacional, especialmente o ensino superior; e a representação política.


Além desses aspectos, a ação afirmativa também envolveu práticas que assumiram
desenhos diferentes. O mais conhecido é o sistema de cotas, que consiste
em estabelecer um determinado número ou percentual a ser ocupado em área
específica por grupo(s) definido(s), o que pode ocorrer de maneira proporcional ou
não, e de forma mais ou menos flexível. Existem ainda as taxas e metas, que seriam
basicamente um parâmetro estabelecido para a mensuração de progressos obtidos
em relação aos objetivos propostos, e os cronogramas, como etapas a serem observadas
em um planejamento a médio prazo.

E de forma mais ampla, Barbara Bergmann entende que:

Ação afirmativa é planejar e atuar no sentido de promover a representação de certos
tipos de pessoas . aquelas pertencentes a grupos que têm sido subordinados ou
excluídos . em determinados empregos ou escolas. É uma companhia de seguros
tomando decisões para romper com sua tradição de promover a posições executivas
unicamente homens brancos. É a comissão de admissão da Universidade da
Califórnia em Berkeley buscando elevar o número de negros nas classes iniciais [...].
Ações Afirmativas podem ser um programa formal e escrito, um plano envolvendo
múltiplas partes e com funcionários dele encarregados, ou pode ser a atividade de
um empresário que consultou sua consciência e decidiu fazer as coisas de uma
maneira diferente. (1996, p. 7)


E ainda de acordo com Guimarães (1999), ações afirmativas não dispensam, mas
exigem, uma política mais ampla de igualdade de oportunidades implementada conjuntamente,
já que as ações afirmativas são políticas restritas e limitadas, uma exceção
ção utilizada apenas naqueles locais em que o acesso de um grupo é comprovadamente
inadequado.

Desse modo, a trajetória dessas políticas no Brasil, ainda são recentes, não podendo ser avaliadas de forma sucinta, mas seria interessante deixar aqui algumas questões para reflexão para os muitos que de alguma maneira começam a se dedicar
ao estudo do assunto;

* Seria, nesse caso, a sociedade brasileira a incapaz, e não o indivíduo de garantir que as pessoas vençam por suas qualidades e esforços ao invés de vencer mediante favores, redes de amizade, cor, etnia, sexo?

*Não será esta a oportunidade de refletirmos mais seriamente sobre soluções para o
Brasil, que rompam com o ciclo de discriminações e desigualdades que se perpetuam
por gerações?

*Não seria melhor, pensamos em defender mudanças de base, mais profundas e que cheguem à raiz do problema?

Contudo, políticas públicas apenas, mesmo que num contexto de
revolução e profundas transformações, não são suficientes para lidar com o problema
da discriminação e desigualdades raciais.


BERGMANN, B. In defense of affirmative action. New York: BasicBooks, 1996.

GUIMARÃES, A. S. A. A Desigualdade que anula a desigualdade: notas sobre a ação afirmativa
no Brasil. In: SOUZA, J. (org.). Multiculturalismo e racismo: uma comparação Brasil-
Estados Unidos. Brasília: Paralelo 15, 1997, p.233-242.
. Racismo e anti-racismo no Brasil. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade
de São Paulo; Editora 34, 1999

sexta-feira, 23 de março de 2012

ORGULHO EM SER NEGRO - Dia Internacional contra Discriminação Racial

O Brasil Colônia conviveu com a existência de seres humanos na condição jurídica de objetos e destinados a não serem considerados como entes com consciência e, muito menos, portadores de direitos. Mas se buscarmos em nossa história, talvez pouco conhecida, veremos exemplos de superação e determinação para garantia de direitos e igualdade de oportunidades.

Hoje "DIA INTERNACIONAL CONTRA DISCRIMINAÇÃO RACIAL", embasada no relato do professor  Hélio de Freitas Coelho, homenageamos um dos primeiros médicos negros do Brasil.

"...com alegria e justo orgulho, apresento-lhes MEU BISAVÔ DR. JOSÉ COELHO DOS SANTOS, um dos primeiros médicos negros do Brasil, filho de escravos em São Pedro do Itabapoana, formado em MEDICINA -COM DISTINÇÃO- NA ANTIGA FACULDADE NACIONAL DE MEDICINA EM 1883,5 anos antes da LEI ÁUREA!"




Esquecido pelo poder público de passado longínquo,no sul do Estado do Espírito Santo,numa senzala nas alterosas montanhas da então comarca de São Pedro do Itabapoana,no período cinzento da escratura,existiu um certo Mestre Silvestre,escravo alforriado,livre das chibatas ! Ele veio,quem sabe, das terras congolesas ou angolanas,da distante e espoliada África ! Mestre Silvestre,era um pai abnegado e tinha um sonho dourado,uma determinação !
A quimera desse carpinteiro de igual profissão daquele que é chamado de Operário - São José,esse,quiçá, poderia ser então São Silvestre !
Carregava como leitmotiv,ou seja,como fio condutor, a difícil instrução do seu filho,e precisava urgentemente poupar suas parcas economias.
Silvestre,digo Mestre Silvestre enguanto escravo, a sua profissão era rara,e relativamente valorada, no longo período da nefasta escravatura. Eis que,Silvestre ficou repentinamente doente . A temperatura do seu corpo não cedia ! Ardia em febre ! E ele continuava muito doente. Receiava morrer e não conseguir o seu intento! Era uma vontade ferrenha,inarredável e para animá-lo mais e mais, sabia ser seu filho muito inteligente !
Sua esposa disposta a salvar seu marido,tomou uma decisão: embrenhou-se nas matas fechadas na busca da sua cura, através da fitoterapia,ou seja das plantas medicinais ! Muitas dessas ervas já eram conhecidas dos escravos,pois existiam também na mãe África. Ministrou os remédios provenientes da nossa flora, e o Mestre Silvestre,foi melhorando gradualmente,e, após alguns dias já estava restabelecido, por essa terapia rudimentar,contudo, eficaz.
Os escravos doentes eram desprezados e morriam à mingua. O senhor-do-engenho não cuidava da enfermidade do escravo,por razões financeiras !
Os historiadores atuais,pesquisando esse período, chegaram a conclusão que um escravo,pela evolução monetária custaria hoje a cifra de R$10.000,00 (dez mil reais)
O jovem filho, inicialmente foi estudar numa escola regular junto ao Porto de Limeira,as margens do Rio Itabapoana, o mesmo é a fronteira entre o Estado do Espírito Santo e o Estado do Rio de Janeiro.
O filho do Mestre Silvestre,resolveu desafiar o seu próprio destino e submeteu-se as provas na Escola Nacional de Medicina - e foi aprovado brilhantemente e logrou-se em ser o primeiro aluno e arrebatou, o então disputadíssimo premio Torres Homem !
Graduando-se como médico,voltou a terra natal e em São Pedro do Itabapoana clinicou durante um bom tempo.Ascendeu,conquistou diversos cargos no Legislativo,tendo sido Vereador e Deputado Estadual,ocupou a Presidencia da Assembleia do Estado do Espírito Santo,e foi nessa condição que experimentou o executivo, e foi,pasmem ! Governador do Estado do Espírito Santo ! Um filho legítimo de escravo alforriado,chegou ao mais alto cargo do Estado acima citado !
Anos mais tarde mudou-se para a cidade vizinha e maior, Campos dos Goytacazes,pois seus filhos lá estudavam.Nessa cidade exerceu a profissão plena de médico tendo se destacado,no combate a peste bubonica,que se sucedeu a uma grande enchente em 1909.
Pela sua inequívoca inteligencia e valor profissional,foi convidado para ser membro da hermética Academia de Medicina da França.Tal qual o grande compositor de música erudita - Wolfgang Amadeus Mozart - pertenceu aos quadros da Loja Progresso,de origem maçonica, na cidade de Campos dos Goytacazes, onde repousa eternamente.Toda essa trajetória vitoriosa foi um milagre forjado nas lágrimas e no sangue dos nossos ancestrais!
Na minha infancia e juventude, residi na rua que leva o seu nome,sem jamais saber de quem se tratava ! Um sobrevivente das trevas do maior trauma social da história do Brasil, a escravatura.
E a biografia desse ícone brasileiro continua eclipsada,escondida, de todos nós,quem sabe,propositadamente,por desejo das elites carcomidas pelo tempo.José Coelho dos Santos foi um homem iluminado,pela sua sabedoria e têmpera ! Um verdadeiro e anônimo herói,o Doutor José Coelho dos Santos !

autor: Gilberto Braga Machado

Referência Bibliográfica
Arquivo particular de Hélio de Freitas Coelho
O papo amarelo news:http://cronicasgbragamachado.blogspot.com.br/2009/04/doutor-jose-coelho-dos-santos-parte-2.html

Denuncie



A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço ofertado pela SPM com o objetivo de receber denúncias ou relatos de violência, reclamações sobre os serviços da rede e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para os serviços quando necessário. Além da importância de um serviço nacional e gratuito, que pode constituir uma importante porta de entrada na rede de atendimento para as mulheres em situação de violência, a Central tem se revelado bastante útil para o levantamento de informações que subsidiam o desenho da política de enfrentamento da violência e para o monitoramento dos serviços que integram a rede em todo o país. Atualmente, a Secretaria conta com informações atualizadas mensalmente sobre a oferta de serviços especializados em todas as unidades da federação, sobre o perfil das mulheres que procuram os serviços, sobre os principais problemas identificados nos serviços integrantes da Rede de Atendimento, sobre o número de relatos de violência recebidos por UFs e o tipo de violência reportada, entre outros.

Alguns dados relevantes:

  • 40% das mulheres agredidas convivem com o agressor há mais de 10 anos
  • 80% das vítimas são agredidas todos os dias ou pelo menos uma vez por semana.
  • 61% das mulheres sofrem agressão física 
  • 23%, violência psicológica. 
  • 66% dos casos os filhos presenciam as cenas de violência
  • Menos de 10% dos municípios possuem delegacia da mulher
Fonte: Agência Câmara de Notícias
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/DIREITOS-HUMANOS/412062-DISQUE-180:-40-DAS-MULHERES-AGREDIDAS-CONVIVEM-COM-O-AGRESSOR-HA-MAIS-DE-10-ANOS.html


quinta-feira, 22 de março de 2012

A Interação de Discentes do GPPGR nas Politicas Públicas de Bom Jesus do Norte.





A Constituição das políticas públicas e a influência dos movimentos de mulheres e negros existentes no Brasil.


O grande dilema lançado em nosso cotidiano é a  distinção entre as políticas públicas de Governo e políticas públicas de Estado. 
Primeiro temos que compreender que políticas públicas em si podem ser entendidas como um instrumento de executar planos e programas que orientem a ação do poder executivo, no qual os governantes podem intervir na sociedade, buscando assim concretizar objetivos e direitos previstos na Constituição, federal, estadual ou municipal. Outro fato de caráter importante é saber que a política pública só atingirá seus objetivos se na sua elaboração for possível contar com a participação da sociedade civil.
A política de Estado é a que vai além de mandatos políticos. A principal garantia para que uma política pública tenha caráter de política pública de Estado é com os marcos legais, se transformando em leis, ou seja, sendo incorporada à legislação terá recursos orçamentários para sua realização.
A participação da sociedade civil nas reivindicações por direitos é e sempre será de grande valia para o desenvolvimento e o alcance de objetivos. Em 2004, a I Conferência Nacional de Mulheres resultou na elaboração do I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM I). Esse plano surge de um processo participativo democrático, envolvendo 120 mil mulheres do país inteiro, em conferências municipais e estaduais. Já na efetivação das políticas públicas formadas pela SPM, além de parcerias foram feitos Acordos de Cooperação com órgãos Internacionais como a UNIFEM/ONU que nada mais é do que um acordo entre duas partes, com o intuito de enfrentar as dificuldades econômicas e sociais, de maneira sustentável e duradoura.
Os Planos Plurianuais (PPA) estabelecem projetos e programas de longa duração do governo, define objetivos e metas da ação pública para um período de quatro anos.
Em 1998, as organizações sindicais fizeram um grande sucesso provocando uma interpelação que nada mais foi que uma advertência judicial com a finalidade de cumprir um acordo já firmado. O acontecimento deu-se com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) ao Brasil quanto ao tema do racismo no mercado de trabalho, exigindo o reconhecimento das desigualdades raciais no mesmo.
No quesito cor /raça ou identificação racial, Pinto e Souzas (2002) diz que é realmente um item extremamente necessário por facilitar o diagnóstico e prevenção de doenças consideradas étnicas e principalmente pela possibilidade de saber do que adoece e do que morre a população negra brasileira.
O Brasil nos últimos quinze anos viveu grandes transformações no campo das políticas públicas voltadas para a questão racial, ou seja, na questão de reconhecer e enfrentar as desigualdades raciais. A participação da sociedade civil nesse avanço é de suma importância, não podemos deixar de citar as mudanças na agenda governamental e também a exigência no cumprimento de acordos e tratados. A Constituição de 1988 foi um marco importante para que essas mudanças ocorressem, houve então uma maior participação dos movimentos sociais.
Pode-se observar então que ter sensibilidade para a questão de gênero e raça não é o que basta, é importante, mas não o suficiente. É preciso saber como traduzir essa sensibilidade em programas e políticas concretas e para que isso aconteça é necessário capacitar gestores públicos e demais atores sociais, criar espaços e mecanismos para abordar de forma clara e objetiva esses temas. Organizar sindicatos, negros, mulheres para estas discussões e qualificá-los para estarem aptos a entender as idéias e demandas, transformando-as em políticas e ações concretas.
Enfim, a construção do Estado Democrático de Direito exige que os governos se comprometam com o avanço da sociedade, além de uma política de inclusão, uma ação dos agentes políticos na consecução do programa político do governo eleito e a transformação deste programa através das políticas públicas nas áreas que possam contribuir para a promoção da igualdade e para o exercício da cidadania.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Políticas Públicas em Gênero e Raça


O tema “Políticas Públicas em Gênero e Raça retrata a importância e o poder que estas obtêm quando estão relacionadas ao gênero e a raça de cada indivíduo, expõe claramente como é necessário que haja respeito mútuo entre as pessoas, independente como seja em qual classe a pertence, todos têm os mesmos direitos e deveres. A igualdade é um princípio valioso, que devemos buscar todos os dias, para que adquirimos melhores condições de vida, que as pessoas deixam de ter um olhar individualista e passem a pensar e agir em prol de todos. É por isso, que essa unidade vem abordar questões relacionadas a cada cidadão e cidadã sobre os seus cumprimentos no dever de exercer com igualdade e sem preconceito, independente de gênero, raça e situação financeira, a cidadania. Para que ela se faça presente em nosso meio, estimulando cada vez mais a superação de cada um no desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária, é necessário que todos queiram ser justo, e que lutem por um Brasil mais democrático. Devemos ser persistente nessa luta para o bem de todos, para que através dos movimentos sociais como o próprio texto abordou amenizarmos as desigualdades e os preconceitos existentes entre homens e mulheres. O objetivo maior é conquistar um Brasil mais democrático e justo, onde cada ser humano respeite os direitos do próximo e cumpram com os seus deveres. É com esse propósito que os movimentos sociais se basearam e conquistaram importantes direitos constitucionais que antes não se faziam presentes no cotidiano de cada cidadão, e assim obtiveram uma maior participação social das pessoas para denunciar os preconceitos, desigualdades e discriminações que existiam no meio público, principalmente, quando se referiam aos negros e as mulheres. Os Movimentos Sociais foram e são muito importantes para o crescimento do nosso país, pois através deles que muitos direitos foram protegidos e que vários preconceitos em relação ao gênero e a raça de cada indivíduo foi vencido. Até os dias atuais tivemos um grande e valioso progresso na democracia, como por exemplo, a criação da delegacia das mulheres, que foi um importante instrumento na luta contra as violências domésticas e as desigualdades de gênero, mas é preciso melhorar muito mais. É preciso que o preconceito, as desigualdades fiquem esquecidas, criando um ambiente mais saudável para o povo brasileiro usufruir de uma vida estruturada, com oportunidades a todos, enfim, um meio em que todos possam viver dignamente.
De acordo com a leitura dos assuntos apresentados foram vistos conceitos importantes, dentre eles: Políticas públicas são diretrizes que devem estar fundamentadas em leis que tenha o objetivo de contribuir através de ações para melhores condições do poder público.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres foi o primeiro órgão que auxiliou o sexo feminino, protegendo-as e estimulando meios para o progresso político, lutando para eliminar todo tipo de discriminação e desigualdade que pudesse existir com o gênero, tornando seguro todos os direitos humanos e cidadania plena a elas. A SPM tinha como objetivo dar segurança as mulheres, principalmente quando eram violentadas.
O Pronaf Mulher refere-se a um crédito oferecido a elas que como agricultoras, podiam investir em suas terras, pois a mulher passa a ter direitos de titulação de terra, no qual a propriedade ficasse no seu nome.
Os Acordos de Cooperação Internacional nada mais é que um acordo e cooperação seja ela financeira ou técnica entre ambas partes do negócio para lutar contra as dificuldades econômicas e sociais; como as discriminações de gênero e raça; para que tenha uma boa durabilidade.
A Secretaria de Educação Continuada (SECAD) é aquela que oferece educação para todos, sem distinção, seja negro, indígena, entre outros; além de capacitar os educadores.
A Temática racial tem a finalidade de ensinar a toda sociedade através do incentivo que é necessário a equidade e a igualdade étnico-racial, que somos iguais, independente da raça que pertencemos. Esse conceito luta contra o racismo desde cedo; para que na infância as crianças já aprendam a não tratar desigual o próximo.
Gtedeo são ações que tem por objetivo combater as discriminações no emprego de cada indivíduo.
Os Planos Plurianuais são projetos no qual são planejados para um determinado governo, onde tem uma duração de quatro anos.
A Morbimortalidade refere-se a várias pessoas que são atingidas por algumas doenças e que podem ou não chegar a morte.
Observa-se que o nosso país já teve excelentes avanços, mas é preciso melhorar ainda mais, pois quanto maior forem à participação de cada cidadão ao cumprir o seu papel nas políticas públicas e no exercício contínuo da cidadania, melhores condições de vida todos terão. É preciso antes de tudo, que cada indivíduo respeite o espaço e os direitos do próximo, para que as diferenças entre as pessoas não se tornem um meio de discriminações e sim um caminho de aprendizagens. Desse modo faço os seguintes questionamentos: Como está sendo meu papel como cidadão e cidadã, para que os Direitos de todos sejam valorizados e respeitados? Será que minhas ações estão sendo baseadas em pensamentos individualistas ou no coletivismo? Quando cobro o respeito do próximo, estou merecendo e oferecendo o mesmo? Quais são as ações que estamos vivenciando em nosso país? Estamos contribuindo para promover a igualdade de todos? O que estamos fazendo para que tenhamos um Brasil mais democrático e justo, onde a cidadania seja exercida por todos? O que tenho feito para melhorar a realidade Social do nosso país?
Temos a obrigação de ser cidadãos participativos! Cobrar das autoridades para que tenhamos política pública que favoreça a igualdade e que fiquemos sempre atentos para que a nossa luta não caia no esquecimento e que não seja engavetada pelos que conquistaram o poder com a ajuda de todos nós. Que eles, realmente, trabalhem visando uma sociedade mais igualitária. Devemos deixar de nos omitir quando depararmos com algo que não concordamos e que seja errado, e cobrar sempre os nossos direitos, as promessas feitas e que na maioria das vezes não são cumpridas. Cabe a nós também promovermos no meio escolar, profissional, social, enfim, no ambiente público, o direito do próximo, a liberdade e a igualdade. Para melhorar, precisamos ir à luta sem medo de nos expor! Sabemos que a sociedade atualmente tem tido avanços significativos, através da mobilização e participação de cada cidadão, é por isso que a presença de cada um é indispensável nessa luta de construirmos um ambiente mais saudável de se viver. Cada ser humano deve ter consciência do valor que tem suas ações, é preciso que não desanimemos de lutar por um Brasil igualitário, mas para isso devemos estar cientes das leis que regem o nosso município, estado e país. Desse modo que poderemos cobrar melhor de nossos governantes, tendo mais consciência da realidade que nos são proporcionadas e assim lutar por uma vida digna e com oportunidades a todos sem distinção, independente, do gênero e raça que o indivíduo seja e pertença. É necessário que comece de nós mesmos, que sejamos exemplos para a sociedade. O respeito é um princípio valioso que a vida nos oferece, que nossos atos sejam exemplos de como é viver verdadeiramente como cidadão, que busca incansavelmente a cidadania. Cabe a cada um de nós, repensarmos sobre nossas atitudes, para juntos transformarmos a sociedade em que vivemos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

CIDADANIA: a busca constante por igualdade de direitos

Cada vez mais as desigualdades estão em nosso dia a dia , mesmo com todas as conquistas adquiridas em todos esses anos, os direitos de muitos cidadãos ainda não são garantidos plenamente. As conquistas adquiridas com o passar do tempo são, sem dúvidas, importantíssimas para nossa história e para a vida de muitos brasileiros que vivem em situação de discriminação e consequentemente de marginalização e vulnerabilidade , pois uma coisa infelizmente leva a outra. O quantitativo de pessoas que sobrevivem de políticas públicas e de ações afirmativas é cada vez mais crescente. Diante deste fato concreto, observável em qualquer comunidade mais carente, deparamos com problemas que inevitavelmente são de difícil solução, pois a cada dia que passa a demanda só aumenta e fica cada vez mais difícil atender a todos sem, infelizmente, discriminar, pois acabamos tendo que tratar os desiguaisdesigualmente. Há carência no trabalho formal; na formação escolar e profissional; nas informações prestadas à população ou até mesmo falta interesse dos cidadãos em obtê-las. Esse é o quadro real de muitas cidades, e infelizmente estamos também incluídas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O direito como instrumento de transformação social


Os textos que compõem esta segunda unidade "O direito como instrumento de transformação social" nos apresentam o percurso histórico no qual perpassou a criação das leis e do direito, desde o Antigo Egito até os dias atuais e, todo o processo que se desenvolverá mediante à agricultura, o que ocasiona um excedente de alimentos redundando em conflitos armados, sendo de grande valia a criação de códigos de conduta; como também a apropriação do trabalho e, a origem do trabalho escravo.
Com o passar dos anos a noção de direito irá avançar para o modelo atual. Todavia, apresentando fortes traços de dominação por parte dos governantes e pela classe dominante, o que fará com que as leis expressem os preceitos da minoria dominante, tal como na Grécia Antiga, que apenas aos homens com mais de 18 anos e filhos de pai e mãe ateniense, era dado o direito de votar e decidir sobre as necessidades locais.
No Brasil não fora diferente, visto que, no período colonial, o mesmo regia-se de acordo com os preceitos da metrópole, Portugal. Mediante          o seu processo de Independência, em 1824, os interesses e direitos da sociedade brasileira passaram a ser prescritos por ma classe dominante (cafeicultores; coronéis; grandes empresários) que se fará presente nas próximas Constituições: 1892; 1891; 1932; 1946 e 1969. Todavia, o processo revolucionário e reivindicatório ocasionado pelos vários movimentos sociais e sindicais (como já visto no Módulo 2), existentes no Brasil e no mundo, irão contribuir para a consolidação de políticas públicas e direitos sociais, políticos e econômicos, como forma de inclusão de grupos vitimados, negros e mulheres. Sendo, portanto, a Constituição Federal de 1988, o grande êxtase dos direitos sociais, em virtude do fato de adequar como cidadão, todo e qualquer pessoa, sem discriminação de sexo, gênero, raça e condição econômica.
Todavia, o fato de vivenciarmos uma Constituição Cidadã não se caracteriza para muitos em direito, pois grupos vitimados por tantos anos de exclusão social, econômico e cultural, necessitam de políticas públicas (ações afirmativas) que atendam suas necessidades básicas: mercado de trabalho; escolar; habitacional e cultural.
Como forma de enfrentamento, perante esta condição adquirida, o governo federal utiliza-se das prerrogativas do conceito de "Ações Afirmativas" que caracteriza-se como, sendo o processo no qual políticas públicas são direcionadas à determinado grupo social (mulheres, negros, indígenas e outros) que se encontre vulnerável social e/ou economicamente. Sua matriz fundada-se na ação temporária, não sendo, portanto, de aspecto parcial à população alvo, fato este que ocasiona determinado choque conceitual sobre sua utilização, ao preconizar um grupo específico e, não o todo. Contudo, sem tais políticas públicas o aspecto de exclusão social, moral e cultural seria ainda maior no Brasil e no mundo.
Diante do que fora descrito acima, subentende-se que o conceito de "constituição cidadã" é fruto de todo um processo de mobilização popular, social e político que a sociedade brasileira emanou, mediante a proclamação da Constituição Federal de 1988, que rompe e avança no aspecto do direito universal à todos(as), visto que nas anteriores: 1824; 1891; 1932; 1946 e 1969, o direito não se fazia em grau e consonância para todos os brasileiros. A constituição cidadã significou um avanço na luta pela igualdade entre homens/mulheres, brancos/negros e pobres/ricos.
Com a apropriação de direitos por parte da sociedade civil, oriunda dos direitos adquiridos com a promulgação dos direitos civis e políticos, têm-se a noção do conceito de "direito público" que pauta-se no fato da regulamentação entre o poder público (estados, municípios, nação) e a sociedade civil, para que desta forma as ações implementadas e desenvolvidas possam atender as necessidades e reivindicações do corpo social, sociedade. Para tanto, o mesmo se fundamenta nos princípios da igualdade de direitos e deveres, contidos na Constituição Federal de 1988, que irá gerir os trâmites legais.
Os gestores dos municípios e estados e, um conjunto com o presidente da república deverão zelar pelo bom andamento da "administração pública", que nos remete à ideia de bem comum, visto que, o representante é eleito mediante eleição popular e direta, sendo eleito o mais votado e, este tem por finalidade o cumprimento das disposições legais, que atenda os interesses da sociedade como um todo, sendo as vezes necessário a utilização de ações afirmativas, para a promoção da igualdade de determinado grupo social.
Não obstante, todo o processo de criação das leis e do cumprimento dos direitos públicos, por parte da administração pública, mesmo o Brasil vivenciando os direitos adquiridos mediante a Constituição Federal de 1988, ainda sim temos casos e relatos de grupos discriminados. O conceito de "grupos discriminados" designa-se como o processo de exclusão social, moral, educacional, cultural e econômico, de um determinado grupo e/ou sociedade. No Brasil temos exemplos claros destes grupos discriminados: negros, mulheres, mulheres negras, indígenas, pobres, nordestinos e outros. Sendo necessário, portanto, a utilização de políticas públicas (ações afirmativas) por parte da administração pública como uma forma de consolidar à estes o seu direito público, tal como rege na Constituição Federal de 1988.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Estado, sociedade e cidadania


Os textos que compõem esta primeira unidade "Estado, sociedade e cidadania" nos apontam para todo um processo histórico, cultural e social, que marcam a utilização do conceito de cidadania. Nesse sentido, todo o processo que vai desde o fim do sistema feudal até o capitalista, resulta em ganhos e perdas para os indivíduos. As políticas liberais e, posteriormente, as neoliberais, que impunham um Estado mínimo, que transfere suas obrigações legais ao Terceiro Setor, ONGs.
 Para o modelo de produção capitalista o conceito de cidadania é tido como algo universal à todos(as) que circundam o meio social, sociedade. Desta forma, ser cidadão resulta em direitos e deveres, tanto para os cidadãos quanto para o Estado. Enquanto que, no modelo feudal o poder era exercido pelos reis e igrejas, os indivíduos estavam sujeitos a tal ditame.
Todavia, o conceito de cidadania irá apresentar ao longo dos anos uma serie de embates teóricos metodológicos e conflitos armados sobre a noção de cidadania formal (que rege todos como iguais) e cidadania real (que expressa todo o caráter excludente da sociedade capitalista, que se dá mediante as políticas liberais e, posteriormente, as neoliberais). O que abre espaço para a atuação das ONGs, que se caracterizam como o Terceiro Setor, mediante a ineficácia das políticas públicas do Estado para com a sociedade. 
 No Brasil, a luta pelo direito à cidadania se dá desde os primórdios do período colonial, percorrendo os séculos seguintes. A sociedade brasileira por meio dos velhos e novos movimentos sociais encontram um canal de representação popular de caráter reivindicatório de direitos e políticas públicas, que só irá mudar com a proclamação da Constituição Federal de 1988, que abre um novo espaço na esfera social, a chamada "nova cidadania", que tem o direito universal à todos os cidadãos.
Doravante, subentende-se que o conceito de cidadania é fruto de todo um processo de passagem do modelo feudal, para o capitalista, que tem como princípio a liberdade de escolha por parte dos indivíduos, que compõem o corpo social do Estado, sendo portanto, todos portadores de direitos e deveres, mesmo que não se caracterizem na prática cotidiana, modelo este que expõe o sentido do conceito de cidadania regulada que pode ser explicitado, como sendo, o fenômeno que atribuía direitos e deveres de cidadãos(ãs), apenas aos que se encontravam inseridos no mercado formal de trabalho. Todo esse processo se pautou no controle por parte do Estado (Período Getulista, 1930-1945), dos sindicatos, como forma de uma política nacionalista e autoritária exercida pelo governo de Getúlio Vargas.
No período de intervenção dos militares houve um grande impulso no parque industrial do país que ficou conhecido como o "Milagre Econômico". Todavia, o conceito de milagre econômico pode ser entendido como a abertura do mercado nacional, por parte do governo militar, para o capital externo, o que possibilitou um amplo e rápido processo de industrialização no país. Todavia, tal política acarretou no aumento da exclusão social existente no país, em virtude da grande quantidade de dólares no mercado nacional, o que significou na desvalorização da moeda nacional e, um super inchaço na inflação nacional.
Tendo tido os militares, como parâmetros de atuação política, uma economia voltada para as teorias neoliberais vigentes no período, a população menos favorecida se viu dependente de ações por parte da própria sociedade civil, como também por empresas privadas. Visto que, o Estado não conseguia chegar em todos os âmbitos da sociedade, o que caracteriza um processo denominado de "Terceiro Setor" que se caracteriza, como sendo, um canal de interlocução de políticas públicas que são executadas por órgãos não governamentais (ONGs e empresas), atuando em locais aonde o Estado não consegue exercer seus atributos (saúde, educação, lazer e etc.) e/ou de forma ineficaz.
Na atualidade, o  Brasil vivência um processo de redemocratização, pois com a Constituição Federal de 1988, que denomina todos os indivíduos como cidadãos de direitos, fato este nunca acontecido nas cincos constituições anteriores. Nesse sentido todo esse processo de redemocratização ficou conhecido como o conceito de "Nova Cidadania" que pode ser entendido como a luta oriunda dos movimentos sociais: movimento de negros e mulheres negras, feministas e etc. que atuaram no processo de redemocratização do país, com a Constituição Federal, de 1988, todos os cidadãos(ãs) passam a ter os mesmos direitos e deveres: saúde, educação, moradia, lazer e etc. cabendo ao Estado o provimento destes direitos à todos(as).











sexta-feira, 2 de março de 2012

ESTADO E SOCIEDADE

O vídeo a seguir é apenas um, dos 5 vídeos disponíveis, sobre um ciclo de debates sobre o Estado e a Sociedade. O vídeo é protagonizado pelo antropólogo brasileiro Roberto da Matta, vale a pena assistí-lo.