segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA À EXTRATIFICAÇÃO RACIAL

Analisando o texto do link acima, “classe, raça e mobilidade social no Brasil” de Carlos Antônio Costa Ribeiro, percebemos que o autor enfatiza que não há desigualdade racial entre as pessoas nas camadas mais baixas, mas discriminação de classe, ou seja, não importa o quesito cor no trato da mobilidade ascendente, mas sua posição social, os brancos e não-brancos possuem as mesmas oportunidades quando se encontram na camada social desprivilegiada. Ele aponta que conforme se situa nas camadas mais altas da classe social a questão racial se intensifica, pois dados apontam que o negro e o pardo têm mais dificuldade de se manter na mesma classe e mais facilidade de se entrar numa mobilidade descendente do que os brancos. Portanto, a estratificação social privilegia os brancos nas camadas mais elevadas, onde há possibilidade de se alcançar postos de trabalhos considerados mais importantes e é nele que a estratificação racial se torna mais evidente.

Hasenbalg, segundo os textos da Unidade III/ Módulo III, acredita que o quesito discriminação racial ainda é muito importante no trato da mobilidade social, independente da estratificação em que se encontrem os negros e pardos. Ele não valoriza como o autor supracitado, a questão de classe na ascendência social, ignorando o desenvolvimento social e a divisão da sociedade em classes em detrimento das castas e estamentos.


Independente da teoria abordada é evidente que a estratificação social está intimamente ligada à questão de raça/ etnia, herança histórica da exclusão dos negros desde a escravidão até o período republicano, no qual não possuíam oportunidades de ascensão social. No entanto, também é importante salientar que, atualmente, o País encontra-se em um processo neoliberal de concentração de renda das elites dominantes, paralelo aos programas de distribuição de renda do Governo Federal rumo ao desenvolvimento econômico.

Neste contexto, acredito que a mobilidade ascendente dos/as negros/as torna-se mais viável para as camadas abastadas e, aquém, fica mais evidente a impossibilidade de se alcançarem um patamar elevado, onde se encontram as elites dominantes, homens brancos.

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