quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Desigualdade econômica, social e política: questão de gênero e raça/etnia

As mulheres, principalmente as negras, e os homens negros são os que mais sofrem com as desigualdades sociais, econômicas e políticas. Os grupos mais vulneráveis possuem condições desfavoráveis para se projetarem rumo à equidade. A questão de gênero raça/ etnia tem ligação intrínseca para com as desigualdades historicamente construídas. O que surgiu primeiro, a exclusão social ou a questão de gênero raça/etnia?
Evidentemente é uma questão bilateral. O primeiro cresce e fortalece o segundo, vice-versa. O homem negro terá mais dificuldade de elevar o nível de escolaridade e galgar melhores salários se estiver na chamada extrema pobreza e, estar de fora desta realidade de exclusão não é pré-requisito para o fim das discriminações. A mulher terá mais dificuldade de inserir-se no mercado produtivo caso tenha muitos filhos, baixa escolaridade, etc. Mesmo que consiga galgar salários dignos, reconhecimento e cargos de poder, não é pré-requisito absoluto para findar a questão de gênero.
A ascensão da igualdade social, econômica e política, ademais, extirpando a concentração de renda e a corrupção e ampliando a intervenção Estatal, são avanços necessários para a igualdade entre os gêneros e de raça/ etnia. Pois terão um leque mais amplo de oportunidades e consciência para lutar por seus direitos, outrora garantidos. Os preconceitos reproduzem a ordem do sistema capitalista elitizado por homens brancos. Preconceitos, imposição de papéis sociais degradantes e afazeres que demandam submissão por parte das mulheres e ideologias implantadas fortemente e incessantemente por várias denominações religiosas, têm por escopo manter tudo na mais “perfeita ordem”.
As mulheres e os homens necessitam de meios para alcançarem seus fins. Os meios não são justificados pelos fins, mas os fins se justificam pelos meios. A incessante luta pela sobrevivência e reconhecimento confronta-se diretamente com a disparidade de força entre dominantes e dominados. A priori deve-se confrontar e ultrapassar o caráter ideológico e a posteriori obter forças para resistir à repressão instaurada pelos aparatos Estatais. Não há glória sem sacrifício!
A organização coletiva os tornará, paulatinamente, sujeitos coletivos e construtores da própria história.
           Izaura Rufino Fischer, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco e Fernanda Marques, professora da Universidade Estadual de Mossoró/ RN, explanam sobre a questão de gênero e exclusão social. Clique aqui para acessar o referido conteúdo no site da Fundação Joaquim Nabuco.

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